Descrição
Como um caramujo, orgulhoso e sedutor, o poema guarda, preserva e esconde alguma coisa que se nos escapa para sempre.
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Quantas metáforas não se cristalizam na luz de um pequenino e polido diamante. Quantas geografias não se divisam num solitário cinzeiro, se nos dermos à auscultação de suas mudas narrativas. As coisas possuem alguma espiritualidade.
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Crio pássaros como quem cria filhos. Crio filhos como quem alimenta estrelas e se joga no espaço disposto ao castigo de todas as luzes e todos os brilhos.