– Os diálogos entre a poesia de Augusto dos Anjos e a doutrina budista – LINALDO GUEDES

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“Monólogo de uma sombra” abre com uma espécie de profissão de fé do eu-lírico do poeta:
“Sou uma Sombra! Venho de outras eras,”
[…]
Sem nenhum demérito às outras leituras possíveis desse verso, algumas já citadas neste trabalho, não seria forçoso ver nele, também, uma profissão de fé budista, principalmente se levarmos em conta outros termos, temas e filosofias do Budismo empregados no poema como um todo. O verso pode muito bem ser utilizado como a expressão de um alinhamento do eu-lírico do poeta com um dos temas mais caros ao Budismo: o Renascimento. Nissim Cohen alerta que, de acordo com a psicologia budista, a mente é um contínuo dinâmico que se estende por um número incontável de nascimentos. Esta mente, segundo ele, consiste tanto de uma mente consciente quanto de uma inconsciente; e esta mente inconsciente contém o resíduo de memórias emocionalmente carregadas que se estendem para além de um tempo da vida.

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Descrição

“Monólogo de uma sombra” abre com uma espécie de profissão de fé do eu-lírico do poeta:
“Sou uma Sombra! Venho de outras eras,”
[…]
Sem nenhum demérito às outras leituras possíveis desse verso, algumas já citadas neste trabalho, não seria forçoso ver nele, também, uma profissão de fé budista, principalmente se levarmos em conta outros termos, temas e filosofias do Budismo empregados no poema como um todo. O verso pode muito bem ser utilizado como a expressão de um alinhamento do eu-lírico do poeta com um dos temas mais caros ao Budismo: o Renascimento. Nissim Cohen alerta que, de acordo com a psicologia budista, a mente é um contínuo dinâmico que se estende por um número incontável de nascimentos. Esta mente, segundo ele, consiste tanto de uma mente consciente quanto de uma inconsciente; e esta mente inconsciente contém o resíduo de memórias emocionalmente carregadas que se estendem para além de um tempo da vida.